25 agosto 2013

Regra ou exceção?


Na verdade acho que minha sorte é viver sozinha. Sem comiserações. Vou chegar a casa e colocar no microondas aquela lasanha congelada comprada mês passado. Enquanto degela, vou ao meu banho demorado, deixar a água levar a ausência, a falta do que não tenho, a saudade do que me já fora levado, as lágrimas que lamberam minha face enquanto dirigia de volta pra casa.
Ler o jornal que nunca consigo ler pela manhã, redigir algumas iniciais, anotar as tarefas do dia seguinte, assistir algum filme até cair no sono com o gatinho que fica em casa sozinho até que eu chegue exausta. É a minha única companhia. Quantos anos de vida têm um gato?Preciso pesquisar sobre esse assunto. Ele se aninha como quem com saudades pede abraço e carinho. Ao menos ele tem a mim.

Desde pequena imaginava sobre a lei da vida em constante mudança ou não. Primeiro nascemos, damos trabalho à mãe, engatinhamos, derrubamos tudo que vemos pela frente, e com os dentinhos que apontam molhamos com nossa babinha as tarefas de casa do irmão, aprendemos a andar e dar dor de cabeça aos pais. O que é normal. Vamos à escola, fazemos amizades, crescemos mais um pouco, primeira paixão, primeiro namorado (alguns outros depois), surpresas e amores, noivados, casamentos e filhos. O que nunca sabemos se isso é uma regra.

Se assim for quero estar preparada para ser a exceção. “Morar sozinha, receber ligações dos pais, das amigas, ouvir cobranças tais como:” Menina na hora de casar, quando você vai nos da um neto?”. Hunf! O pior de tudo é ser cobrada por algo que você sozinha não pode mudar. O que posso fazer se a vida quis que vivesse só?! Então se a lei da vida é nascer, se desenvolver, crescer, casar, ter filhos e morrer, satisfeita posso dizer que infringi só algumas, não todas.

O segredo de tudo é estar preparada para o que vier sem criar expectativas. Rá, tadinha de você se não aprendeu a não esperar tanto dos outros e da injusta vida... Vai sofrer e até mesmo chorar um cadinho. Então se prepare porque a vida é como uma montanha russa.Trás consigo medo, é recheada de emoções, vibra de desesperos... Cabe a cada um dar um desfecho inovador.
‘O meu desafio é andar sozinho, esperar o tempo os nossos destinos.’

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