- Oi. Errr... Hum... Só para garantir que você não vá sem antes
saber o que penso. Eduardo sei que não tenho sido tão confiante, mas é que...
Bem, só passou pela minha vida homens que não têm interesse algum em ficar por
tempo ilimitado. Dessa forma aprendi a desconfiar, acreditando lá no fundo, mas
bem no fundo mesmo que algum dia eu pudesse ser feliz com alguém que me visse
com os mesmos olhos que vejo o amor. Gosto muito de você;
Neste exato momento você está frente sua
grande TV assistindo a um blu-ray qualquer e não está pensando em mim (eu
acho). Tudo bem, pode parecer carência, sem vergonha de assentir isso ou
qualquer ato que me transforme numa pessoa feliz que transborda amor pelos
olhos, poros e respiração. Nasci num século cujo amor ainda era algo que se
pregava aos quatro cantos do mundo, mas fui crescendo e ele deixou de ser
bonito, com cara de paraíso. Mas eu não. Sempre acreditei piamente nele. Apenas
não tinha a menor noção de quando ou como o belo viria ao meu encontro
personificado num par de olhos. Anos se passaram, pessoas, e até oportunidades,
entretanto nada disso faz sentido se não há um caminho a seguir de mãos dadas
com certo alguém que tenha trago o amor. Você acredita no amor?! Sabe, creio em
sua existência quando é demonstrado com atitudes, pois cansei e como cansei de
ouvir um “eu te amo” surdo, mudo, cedo, sem existir.
Gosto quando diz que gosta de mim, soa tão
sincero, tão jovem inocente, quando diz que me adora e faz biquinho pra beijar.
No entanto estamos tão recente e você está aí sentado vendo algo na TV e não se
lembrou de dizer boa noite. Amor, não sei como, não mesmo, porque já tentei de
todas as formas entender como pude me apaixonar por você, se apesar do jeito,
do caráter lindo, não estava interessada. Eu te abraço, aperto seus braços em
meu peito, e as lágrimas correm, de emoção, de alegria, depois de medo. De
sofrer com um chute bem no meio do traseiro, um toco, um fora e por aí segue as
denominações para “nosso tempo já passou”.
O telefone acabou de tocar e por acaso me
surpreendi pela hora. Não era você, outra surpresa. Não era você. Então para
quê pergunta se estou tensa, se diz que não há nada errado, diz que vamos ficar
juntos, que vamos dar certo, quando na verdade você esconde esse sentimento
bonito?! Um sms pela manhã, à noite pra dizer que sente saudades, nada. Por que
não vencer essa droga de apatia por torpedos? Isso tá me enlouquecendo.
Sou movida a carinhos, romances e amores numa relação. Onde encontro o
que procuro em você?!
Registro nesta carta o quanto você é
especial e mais que tudo o desejo ao meu lado. Os correios entrarão em greve,
logo esta deverá chegar a suas mãos até o fim do mês. Ratifico meus sinceros
votos e que tudo dê certo em seu novo emprego. A saudade é grande, os e-mails
não são a mesma coisa que uma carta como esta, por isso, ignorei a opção super
rápida. Aqui vão minhas emoções borradas de lágrimas com sal a gosto. Sem mais,
deixo um beijo e ao pé do teu ouvido, “te quero!”. O telefone tocou novamente.
Não era você...
g.m
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